terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Eléctrico de Sintra

O projecto inicial da ligação entre Lisboa e Sintra através do caminho de ferro passou também pelo projecto de ligação de Lisboa ao Estoril e Cascais, passando por Sintra e com final em Colares. Um ano antes da inauguração do caminho de ferro, a Companhia Real dos Caminhos de Ferro demonstrou o seu desinteresse pela eventual ligação a Colares, mas o projecto viria a tornar-se possível através de uma iniciativa popular. Em Março de 1904 foi inaugurada a ligação entre Sintra (Vila Velha) e S. Sebastião de Colares e em Julho desse ano ficaria concluída a ligação à Praia das Maçãs. Em 1930 o troço Praia das Maçãs - Azenhas do Mar torna-se realidade, tendo sido também o primeiro a ser encerrado, em 1955, devido a dificuldades de exploração, originadas pelo desenvolvimento do transporte mecânico. Em 1958 foi encerrado o troço entre a Vila Velha e a estação de Sintra e mais tarde, já em 1974, os eléctricos deixam de operar completamente. Depois de reabilitada a ligação entre o Banzão e a Praia das Maçãs em 1980, a recuperação do material e dos vários troços continuou ao longo dos anos e hoje em dia é possível viajar de eléctrico entre Sintra (Estefânia) e a Praia das Maçãs (na época baixa a ligação é efectuada apenas às sextas-feiras e aos fins-de-semana).
Terminal do Eléctrico em Sintra (Estefânia).
Garagem - Banzão (Colares)
Paragem do eléctrico em Banzão.

Praia das Maçãs: terminal actual.Garagem construída recentemente em Ribeira de Sintra.

Grazina utilizada em trabalhos na linha.Vagão de transporte de ferramentas.

Recuperação de Carro.

Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas

O Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas existe desde meados do século XVI, quando se começa a concentrar em redor da Ermida de São Miguel de Odrinhas uma grande colecção de inscrições romanas provenientes dos campos vizinhos. Decide-se então a construção de um pequeno imóvel que albergasse o património até então reunido. Hoje em dia o museu dispõe de uma vasta zona de exposições, um centro de documentação/biblioteca, um auditório com 100 lugares, gabinetes de estudo, serviços de restauro e várias áreas de lazer. A secção epigráfica abrange mais de dois milénios, desde a época etrusca à Idade Moderna, e conta com um conjunto de lápides romanas, que é um dos mais importantes da Península Ibérica. A secção arqueológica reúne milhares de peças provenientes das estações arqueológicas de Sintra, desde o Paleolítico Médio ao século XVIII (núcleos neolíticos, calcolíticos e época romana).

Ruínas da villa romana e o local transformado em cemitério na Baixa Idade Média (único de cariz medieval escavado em Portugal).

Ermida consagrada a S. Miguel.

Moinhos

Os moinhos são construções cilíndricas em pedra e cal com dois pisos ligados por uma escada que contorna a parede interior. As janelas e portas são construídas ao abrigo dos ventos marítimos dominantes. O tecto cónico do moinho move-se para que as velas fiquem sempre viradas para o vento. Na construção típica de um moinho, existem quatro velas triangulares presas a oito varas de madeira embutidas no mastro. A força de todos os elementos faz com que a mó desfaça o cereal em grão.
Existem inúmeros moinhos espalhados pelo concelho de Sintra. O único que se encontra em funcionamento está situado em S. João das Lampas.

Mirantes

No concelho de Sintra existem vários mirantes, cuja finalidade encontra uma explicação nos dicionários de língua portuguesa: é um local situado a maior ou menor altitude, de onde pode ver-se um vasto horizonte.

Cabo da Roca

Apelidado pelos romanos de Promontorium Magnum e citado por Camões como o local "onde a terra acaba e o mar começa", o Cabo da Roca é o ponto mais ocidental do continente Europeu, assinalado por um padrão com uma lápide. O Farol aí situado foi construído em 1758 embora só tenha começado a funcionar em 1772. Sofreu algumas alterações no século XIX, tendo sido automatizado em 1980.

Praia de Magoito

Uma das praias mais ricas em iodo em toda a Europa, a praia de Magoito é também uma das mais procuradas do concelho de Sintra. A duna consolidada é outra das atracções, por ser um importante elemento geológico. A transformação da areia solta em rocha é um processo que dura milhares de anos, tendo formado esta duna fóssil (ou paleoduna) pela acção conjugada do mar e do vento, há cerca de 10 mil anos. Esta duna é contemporânea de uma regressão do mar, de aproximadamente 100 metros, ocorrida durante a última glaciação. A laminação oblíqua permite determinar em que direcção soprava o vento na altura da formação da duna. Por outro lado, arribas que se situam a sul da praia mostram uma sucessão de camadas quase horizontais de calcários argilosos e margas, rochas sedimentares formadas há milhões de anos, quando o nível do mar se situava acima do actual. Em Maio de 1985 foram descobertas as gravuras rupestres da Laje Erguida, em Magoito, contendo presumíveis representações de uma cena de culto solar. A sua datação aponta para a Idade do Bronze e do Ferro (3000 a 2500 a.C.). Foram destruídas por mão criminosa poucos meses após a descoberta mas podem ser vistas em fotografia, no Museu Regional de Sintra.
A Praia de Magoito já serviu de cenário a pelo menos dois anúncios publicitários, transmitidos pelos canais de televisão nacional: um deles para a Optimus e outro para a EDP Renováveis.

Forte de Magoito ao fundo.

Pormenor da duna consolidada de Magoito.